Quando cursei a disciplina Oficina 3D II (EBA/UFRJ), a professora – Gabriela Mureb – propôs em uma das aulas que, como exercício, usássemos uma câmera nos arredores do prédio da Reitoria e buscássemos fotografar o invisível. Não aquele invisível social ou algo do tipo, mas que tentássemos capturar o incapturável, que déssemos visibilidade ao que não se pode ver.

Apesar de ter realizado o exercício, não apresentei meu resultado no dia acordado para isso. Ao fim do semestre, na última aula, entreguei um envelope
com as fotografias que criei para dar conta da proposição e pedi à Gabriela que escrevesse seu endereço nele, para que eu enviasse a ela posteriormente. Fiz isso pois ela pediu a toda turma que pensasse qual modo de exibição seria o melhor para apresentar o trabalho. Todos meus companheiros de aula apresentaram em paredes ou mesas suas fotografias, no tempo certo, no dia estipulado para isso. Já eu preferi lidar com o tempo e a dívida como adensamentos sobre a polarização usual de visibilidade x  invisibilidade. E ainda lido com dívida e tempo, pois ainda não levei o envelope aos correios. Mas essa semana vou levar.

Sem título | 2014 | Ação