O seguinte texto é minha proposta – não selecionada – à residência ComPosições Políticas, outras histórias do Rio de Janeiro, que ocorreu durante o mês de março de 2016 na Maré. Proponho aqui ler tal proposta, junto com este breve resumo, à audiência do Simpósio Internacional UTOPIAS. A este palimpsesto propositivo dou a categoria de performance, assim como à sua leitura em voz alta, caso selecionada, já que ela mesma se põe no limiar entre sua hipotética realização e seu aqui anunciado fracasso. Utopia claudicante, caso presente como parte da programação deste simpósio, anuncia um futuro que já não mais será, mas que retorna, agora como proposta irrealizável; resquício documental de uma intenção vinculada ao utópico que é habitante do passado, não do porvir. Performada como comunicação, terá no meu fôlego e vocalização seu último momento de vida, ainda que uma vida estranha; uma ressurreição artificial. Estranha utopia essa de pouco fôlego, de ofegante respiração.