Me convidam para realizar um índice para a revista, além dos grifos meus que propus. E só penso sobre isso que minha proposta em algo se parece com criar um índice. Demarcar algo com um lápis não é tão diferente de dizer onde está o início do conteúdo a ser lido. Ambos são como dedos em riste. Talvez seja diferente o grifar do índice no onde acontece. Enquanto o índice está geralmente nas primeiras páginas da publicação, em fácil acesso e direcionando o fluxo dos olhos ao trabalho editorial, o grifo reside no corpo do texto mesmo…  mas aí fico em dúvida, porque me chamam a intervir no índice como se ele fosse passível de mudança, plástico, como que se existisse autônomo em relação ao que ele deve mostrar. Acho que isso prova pra mim que o índice não é apartado dos textos a que direciona, mas reside neles e é texto mesmo, junto aos textos outros … costurado a eles. Fico menos tímido em intervir. Mas o que propor que não publicar, no lugar de um índice, o que escrevo aqui, que é meio um pedido de desculpas por não querer fazer um segundo trabalho e meio uma tentativa torta de convencer que o que faço, grifar à lápis, é como a tarefa do índice? Por isso, caso aceitem, tenho dito a quem lê: onde quiser índice, veja esses grifos meus e me desculpe pelo inconveniente; é só isso mesmo que vou fazer ao indicar conteúdos.