“Tendo por referências relatos de Els Lagrou sobre seus desenhos de grafismos Kaxinawá e de Cildo Meireles quando desenhou pela primeira vez o que viriam a ser suas Malhas da Liberdade, e através de convites para que se desenhe algo em seu passo a passo, ensinando a realizá-lo por estas instruções sem palavras, Caderno de campo contém desenhos didaticamente decompostos, ao modo como alguns antropólogos documentaram padronagens indígenas em seus diários. Neste mesmo esforço investigativo, no verso de cada desenho – página subsequente deste caderno – convida-se quem o criou a escrever um relato sobre suas estruturas e falências. É assim, na forma e na prosa, que se toma o próprio desenho – ferramenta analítica de tantos pesquisadores quando em campo – como objeto de análise neste caderno, seu campo a ser perscrutado.”
Gerência de Educação, Museu de Arte do Rio, Outono de 2017. Dja Guata Porã: Rio de Janeiro indígena.
(Caderno desaparecido desde 26/05/2017)
(Reencontrado por mim em 11/06/2017, quando estava procurando um tecido para me vendar em uma atividade educativa)