Esse é Nelson da Motta.
Cabe dizer que o conheci ao lhe abordar enquanto segurava a mão do manequim, quando falei que não era permitido tocar e ele disse: mas essa é minha! (e contou sobre como é a única fantasia conservada essa que emprestou ao MAR. E que não usava bengala na época do desfile, em 88)
(e aos artistas mimados, cabe dizer que Nelson retirou a mão do manequim tão logo eu o abordei, colaborando em bom humor comigo, que sou coagido a fazer isso, sem me humilhar ou protestar contra mim por uma proibição que não vem de minha vontade, mas que é d’eu mesmo sendo utilizado na orquestração do institucional)
(e o museu que agia por mim, no banalizar de sua assepsia frente ao toque e seu calor, me proporcionou abertura para algo que posso dizer finalmente meu. Não era minha ação, mas foi hesitação só minha. Sem dúvidas)

