Esta dissertação (que existe desde 2015 e que é, também, meu tcc de graduação e especialização, meu blog, meu portfólio etc.) tem por título https://jandirjr.wordpress.com/, nome que, ao mesmo tempo que nomeia, lhe abriga. Mas lembro o título de seu anteprojeto, A forma da pesquisa. Da interseção entre esses dois nomes apresento, portanto, um resumo provisório; entendendo este site, onde tenho guardado algumas documentações do que fiz de 1989 até então, fomentado por conflitos contra o modo como as pesquisas em arte eram usualmente formalizadas no ambiente acadêmico em que me graduei. Sua existência reúne documentos tão distintos quanto minha certidão de nascimento, desenhos de infância, meus trabalhos de conclusão de curso e a presente escrita, afirmando interdependência entre esses, dizendo-os como um todo, uma mesma pesquisa e, por sua vez, justificando todo tamanho excessivo à esta dissertação. Mas neste arquivo, que é o todo da dissertação, atual e progressivamente presente no site, há um recorte mais recente, que parte do momento de uma conscientização maior sobre a gênese de meu arquivo nas questões formais da pesquisa em arte, e demonstra os desdobramentos em minha prática arquivista a partir de então: numa tomada de posição pela escrita, em questionamentos sobre o uso do idioma, numa busca que me aproximasse mais de alguém do que de algum público e, nisso, na decisão de escrever para quem, até então, eu não tinha qualquer contato firmado. E é que gostaria que essas correspondências marcassem uma escrita desconfiada em assumir qualquer posição pela perenidade – apesar de arquivadas em meu trabalho monográfico e compondo-o -, e sim mais afeitas em sugerir, nas suas escrituras, o texto de outras pessoas, que as responderiam e lhe inquiririam, sobrescrevendo seus escritos. E assim seguindo, entre réplicas e tréplicas, como textos que se dedicam mais a poucas pessoas, ou mais a uma só, e menos a qualquer público.