Não dá pra fugir de que vou ser sempre prioritariamente artista, e que da forma que conduzo e entendo isto mais vou perder que ganhar da vida mesquinha que vivemos, sociedade.

(queria ser mais confessional, mais diário público, queria poder contar boas histórias pra vocês, mas eu sou chão.)

(eu pretendo voltar a dizer, com mais presença, que é tudo espiritual.)

Jandir Jr. <mailexpressivo@gmail.com>   17 de dezembro de 2017 11:56
Para: m.r.mello@hotmail.com

oi, marcelo! tudo bem, cara? sempre uma satisfação falar contigo 🙂

tô mandando esse email porque sonhei com seu nome relacionado a uma fotografia e queria compartilhar.

estava numa região que eu conhecia – em sonho, porque na vida acordada não conheço, mas era como se eu frequentasse ali corriqueiramente; umas ruas asfaltadas, um lugar residencial, pessoas circulando. lembro que fui e voltei por ali (por motivos que não lembro mais, se perderam da lembrança) e entrei num lugar pequeno, de azulejos brancos e decoração delicada, com algumas mesinhas e coisas de cores suaves. era como um café. e lembro que a dona/recepcionista do lugar me recebeu como quem me reconhece, perguntou se queria algo. não lembro bem se eu mesmo disse café e depois mudei de ideia ou alguém me sugeriu um café e eu avisei que não consumo, pedindo um chá. ela assentiu e disse que iria preparar, ao passo que me dirigi para uma das mesas no fundo. aline (a aline besouro, que amo :)) apareceu do lado de fora, entrou quando nos reconhecemos à distância, sentou na cadeira e começamos a conversar muito animadamente. era como se fizéssemos aquilo sempre, e acho que tinha mais alguém na mesa, uma ou duas pessoas, não sei. a moça do chá chegou, me entregou ele e ficou ali conosco, no que começamos a conversar debruçados em alguns papéis. um deles possuia uma fotografia – era preto e branco, um close em uma construção de estilo eclético talvez, tinham colunas, mas se observava entre elas, no espaço lacunar das janelas e corredores que estavam após, um vulto. alguém então disse que marcelo (e eu já sabia que era você, mas acho que repetiram seu nome completo, como que confirmando) estava se dedicando a investigação sobre essa escritora algo importante, cuja morte era enevoada, não sabiam como havia se dado. alguns suspeitavam que ela pudesse ter suicidado, mas isso era uma hipótese ridicularizada, pelo que me pareceu. mas estávamos todos animados naquele momento: parece que aquela foto, aqueles documentos todos, eram seus e a prova cabal do suicídio dela. estávamos rindo, muito alegres, batíamos palmas até. lentamente me vi acordando, despertando do sono mesmo, com o corpo travado. dormia de barriga pra cima e só pude abrir os olhos; não consegui nem falar, só gemi, mas não antes de ouvir algo (não posso dizer que era alguém) me falando que essa moça que suicidou, seu objeto de pesquisa no sonho, estava comigo, como que no meu corpo. era uma presença boa, apesar da imagem negativa do suicídio que temos, parecia tudo muito amoroso. retomei aos poucos o corpo.

e como nunca sonho, há anos, e mesmo quando sonhei nunca lembrei deles, fiquei surpreso com isso tudo e quis compartilhar. 🙂

um abraço
té já
,

Fwd: arquivo para leitores | lançamento Marimbondo, de Gabriel Gorini

Gabriel Gorini <gabrielgorini@gmail.com>16 de dezembro de 2017 14:09
Para: mailexpressivo@gmail.com

fala bróder, taí o arquivo do livro pra você escolher o que vai ler, ou o que não vai ler.

———- Mensagem encaminhada ———-
De: Juliana Travassos <julianatravassosbr@gmail.com>
Data: 11 de dezembro de 2017 16:44
Assunto: arquivo para leitores | lançamento Marimbondo, de Gabriel Gorini
Para: Masé Lemos <maselemos@icloud.com>, Ana Kiffer <anakiffer@gmail.com>, Luiza Leite <luiza.leite@gmail.com>, Sergio Cohn <sergio.cohn@gmail.com>, Heyk Pimenta <heykpimenta@gmail.com>, Italo Diblasi <diblasi.italo@gmail.com>, Pollyana Quintella <quintellapollyana@gmail.com>, Leonardo Marona <leomarona@gmail.com>, camilam02@gmail.com, marcelo reis de mello <m.r.mello@hotmail.com>, rodolfoteixeira@live.com, mikael_viegas@id.uff.br, Gabriel Gorini <gabrielgorini@gmail.com>, Revista Garupa <revistagarupa@gmail.com>

queridos,

obrigada por terem aceitado o convite para ler no lançamento do Marimbondo, do Gorini, na semana que vem.

envio agora um arquivo digital do livro para que possam escolher qual poema – ou quais poemas – irão ler no dia.

peço que respondam para todos esse e-mail, dizendo o título ou a página do poema, e assim evitamos repetições no dia.

–––

aqui, o link do evento no facebook: https://goo.gl/Vv3Mdh

e aproveito para envio o flyer de divulgação [caso queiram compartilhar nas redes]

–––

beijos

ju e coletivo garupa

image

Jandir Jr. <mailexpressivo@gmail.com>16 de dezembro de 2017 21:48
Para: Gabriel Gorini <gabrielgorini@gmail.com>

Ei gorini! Brigado pelo email 🙂

Eu vou de Assim eu quereria meu último poema.

 

Até

,

 

 

 

assim eu quereria meu último poema

o sossego do meu pai
quando, nas manhãs de
chuva ou de sol, separa
as sementes enquanto,
sentado no rio, observa
o fluir rasteiro e redondo
das águas, a voz serena
e ruidosa da água.

a força da minha mãe
quando, nas noites de
chuva ou de sol, abraça
os filhos enquanto,
cansada na cama, sustenta
o escuro lento e povoado
da floresta, a luz fugaz
e eterna da vida.

(às vezes ela não
conseguia segurar o
choro)

Rafa Lima <RafaLima831@hotmail.com>       13 de dezembro de 2017 20:34

Para: “Jandir Jr.” <mailexpressivo@gmail.com>

Vi um texto do Pessoa dizendo que tudo que um homem escreve é só uma nota de rodapé à vida desse homem.

 

Lembrei de você, como estão as coisas cara?

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeVtHC2DxIzjUIIn0DeNzyTKTqePxCCR6-GjTgW_PA8jcWmOw/viewform

1. Qual o seu principal desafio hoje para incluir os alimentos vivos e crus de forma prática e consistente no seu dia a dia?

Aprender sozinho, com baixo acesso à bibliografia etc.


2. Na sua opinião, qual a principal característica que falta nos programas e cursos sobre o assunto disponíveis atualmente? 

Uma perspectiva pobre; ajudar pessoas de baixa renda a formar comunidade e conhecimento em torno da alimentação viva e crua. Isso talvez implique em encarar a divulgação desses conhecimentos não só como subsistência, fonte de renda para os que as ensinam, mas como um trabalho contínuo, já que consciente da expressiva população carente desses saberes. Compartilhar com a classe média pode se dar pela via do consumo, pela venda do conhecimento, pelo acesso ao conteúdo represado – e só ilimitado mediante ao contrato financeiro estabelecido; compartilhar com a base da sociedade – que acessa saúde, educação e conhecimento midiático pela distribuição gratuita e pública – não vai se dar por suas poucas cédulas e moedas. É necessário que mestres da alimentação sonhem outras formas de recompensa para com essa relação.

 

 

Millena – Querido, e vc? Como vcs estao? Espero que as coisas estejam mais suaves..

Jandir – Tá suave sim, mi! Estamos cobrindo os buracos na casa com cimento essa semana, algo q meu pai faria. É como cicatrizar a ausência, fazer a quelóide.

Millena – … É isso né, as feridas até curam, mas suas marcas ficam e essa é uma escritura importante.